sexta-feira, 22 de maio de 2015

1º Observação.
Data: 23/03
A turma da EJA é muiltiseriada cada aluno apresenta dificuldades individuais. Alguns já alfabetizados têm mais autonomia para realizar suas atividades e ajudam os demais.  Os alunos todos na idade adulta, nesse dia houve bastante faltas. As aulas iniciam às 18h, porém os alunos chegam as 18h50m. Sempre está a disposição um lanche para todos antes de iniciar as aulas. Durante esse intervalo, é possível deixar os materiais preparados para os alunos, deixar atividades prontas na lousa entre outras.
As atividades realizadas pelos alunos foram resolução de problemas matemáticos, ainda simples, pois há dificuldades de interpretação. Para aqueles que estão sendo alfabetizado escrever palavras ao lado das imagens, com alfabeto móvel. Conforme orientação contribui auxiliando esses alunos que estão sendo alfabetizados, falando as palavras para que percebessem os sons e depois escrevê-las. Em outro momento escrever os números.
A professora apresenta-se calma e disposta para ouvir as dificuldades dos alunos, não somente em questão de aprendizado, mas dos problemas familiares. Estabelecendo uma relação entre educandos e educadores da EJA, é importante conhecer a identidade desses sujeitos inseridos nessa modalidade. O perfil dos da EJA da rede publica são a maioria são trabalhadores, dona de casa, idosos, portadores de dificuldades de aprendizagem. São alunos com suas diferenças culturais, etnias, religião, crenças.
Não é possível respeito aos educandos, a sua dignidade, a seu ser formando-se, à sua identidade fazendo-se, se não se levam em consideração às condições em que eles vêm existindo, se não se reconhece a importância dos "conhecimentos de experiência feitos” com que chegam à escola. O respeito devido à dignidade do educando não me permite subestimar, pior ainda, zombar do saber que ele traz consigo para a escola. (FREIRE, 2014, p. 62)
É sob esta visão que o educador da EJA deve considerar suas práticas educativas e suas atitudes de sociabilidade como educador, inserindo-se a este grupo tão heterogêneo. A educação que vai além dos códigos a serem decifrados, o essencial é contribuir para um pensamento crítico do seu educando, oferecendo-lhes meios para superar a ingenuidade oriundas de sua cultura, assim apoderando-se de uma visão critica de sua realidade, essa conquista é a mudança por meio da educação.
                        Como sempre falamos em sala de aula, na faculdade com professora C da disciplina de Educação de Jovens e Adultos, é preciso ter uma concepção de mundo de uma pessoa que regressa aos estudos na idade adulta, muitas vezes após anos afastados da escola ou mesmo daquele adulto que está começando agora sua vida escolar. São pessoas que formaram sua visão de mundo pelas experiências vividas. Dentro desse contexto o professor da EJA deve estar preparado para lidar a e agrupar essas diversas experiências trazidas pelo educando e usá-las em seu favor e transformá-la em conhecimento significativo para o educando no processo ensino aprendizagem.
Referências: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. 48º ed-Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014


Um comentário:

  1. Ivanilce,
    Seu blog está muito bom e você demonstrou pesquisa e relações com a prática observada. Sua escrita é coerente e demonstra domínio das normas padrão da língua portuguesa.
    Parabéns por mais esta conquista!
    Abraços

    ResponderExcluir